MARCoNS (Estafilococos Coagulase Negativos Resistentes a Múltiplos Antibióticos – estafilococos)
CIRS e MARCoNS: Cerca de 80% dos pacientes com Síndrome de Resposta Inflamatória Crônica (CIRS) testam positivo para MARCoNS. Essa condição é mais comum em pacientes com níveis baixos de MSH (Hormônio Estimulador de Melanócitos).
Função do MARCoNS: Os “biofilmes” produzidos por MARCoNS, outras bactérias e/ou leveduras formam uma barreira contra as defesas imunológicas e terapias anti-infecciosas. Pesquisadores suspeitam que esses biofilmes bacterianos possam ser responsáveis por alguns casos de congestão nasal e inflamação crônicas. Os MARCoNS liberam exotoxinas que podem danificar o MSH (Hormônio Estimulador de Melanócitos, ou Melanocyte-Stimulating Hormone em inglês), comprometendo sua capacidade de coordenar respostas das células dendríticas nas mucosas do trato respiratório e gastrointestinal. Além disso, os MARCoNS liberam hemolisinas, que destroem membranas de glóbulos vermelhos e células endoteliais, aumentando o risco de anormalidades de coagulação e atividade de anticorpos anti-fosfolípides. Quando o MARCoNS é cultivado, aparecem éteres policíclicos semelhantes a uma toxina produzida por dinoflagelados (palytoxina – altamente tóxica).
Sintomas: Os sintomas são causados pela exposição a ambientes danificados por água. Incluem congestão nasal, inflamação dos seios nasais e contribuem para a sensação de mal-estar nos pacientes com CIRS.
Testes: A cultura nasofaríngea pode ser solicitada para diagnosticar MARCoNS.
Tratamento: Anteriormente, o tratamento era feito com spray nasal BEG (Bacitracina, EDTA e Gentamicina), mas, devido à resistência aos antibióticos, atualmente o tratamento é realizado com EDTA e prata. O MARCoNS deve ser tratado e erradicado antes que o CIRS possa ser efetivamente controlado. O VIP (Peptídeo Intestinal Vasoativo) não funciona até que o MARCoNS seja eliminado. Essa bactéria se aloja profundamente na nasofaringe e pode causar danos na mandíbula e nos dentes devido a cavitações na boca. O EDTA, combinado com prata, é utilizado 3 vezes ao dia em forma de spray nasal por um período de 3 a 6 meses. Não use sprays nasais antifúngicos ou trate a candidíase de forma sistêmica, pois isso pode aumentar a resistência a antibióticos.
Para mais informações, consulte os artigos mencionados na seção de referências.